14. MEDUSA
CAPÍTULO QUATORZE
❛ medusa ❜
Obs: Quando eles falam em itálico, estão se comunicando por meio de linguagem de sinais.
POV PERCY
NÃO PODEMOS NEM fazer uma viagem tranquila de ônibus, certo?
Pouco depois da nossa parada, três daqueles feirantes como a Sra. Dods chegaram para nos atacar.
Bom atacar só Annabeth, Grover e eu porque uma das fúrias se aproximou da minha irmã e deu a ela uma caixinha.
— Do nosso senhor. — ela disse e então elas nos atacaram fazendo com que tivéssemos que correr e sair do ônibus.
Então agora nós quatro estávamos no meio de um caminho pela floresta, o brilho amarelo mostrava que estava escurecendo.
Minha irmã segurava minha mão e na outra ainda trazia aquela caixinha embrulhada com um laço vermelho.
Embora Asteria ainda não quisesse me dizer quem era esse Nico que lhe deu aquela carta mitomágica, presumi que fosse o garoto que aparecia em seus sonhos.
Ela percebeu que eu estava olhando para ela e olhou de volta para mim.
— Devo abrir? — ela me pergunta.
— O presente é seu, pequena, você pode fazer o que quiser. — respondo e Annabeth olha para nós.
— Percy, pode ser perigoso, não sabemos o que vai ter dentro. — ela me diz e eu pego a caneta e a transformo em uma espada.
— Estarei preparado. — respondo brandindo a espada e todos paramos
Asteria assente, desamarra o laço com cuidado, solta e abre a caixa, surpresa com o que está vendo.
Eu me aproximo e vejo também o que tem dentro.
— O que é isso? — Grover pergunta.
Era uma corrente de prata com um pingente em forma de A com pequenos rubis vermelhos incrustados na letra.
Minha irmã cuidadosamente pega o colar diante dos nossos olhos e embaixo tem um pequeno papel.
Seu nome é a chave de tudo, nos veremos em breve.
H.
Hades enviou um presente para minha irmã?
Ok, eu entendo um pouco porque minha irmã o ama agora.
— Annabeth, você pode colocar para mim? — Asteria pergunta para ela, que fica surpresa que minha irmã estava pedindo a ela.
— Não é perigoso, né? — eu pergunto e Annabeth se aproxima para ver.
— Não parece, é só um colar. — ela olha confusa e cuidadosamente se abaixa e coloca na minha irmã.
Ela olha para seu colar e sorri para mim, me fazendo sorrir de volta.
Depois de tropeçar e xingar algumas vezes por mais um quilômetro, acabei pegando Asteria e carregando-a para que ela não ficasse muito cansada.
Então comecei a cheirar a comida, embora agora que penso nisso tenha percebido que não comi nada saudável desde que cheguei ao acampamento.
Continuamos andando e Asteria colocou a cabeça no meu pescoço enquanto eu percebia que ela começou a brincar com um dos meus cachos, me fazendo rir, pois ela estava me fazendo cócegas.
Eventualmente vimos uma estrada de mão dupla deserta por entre as árvores e do outro lado havia um posto de gasolina que parecia estar fechado pelo menos desde os anos 90.
Não era um restaurante fast food como eu pensava, mas era mais uma daquelas lojas de curiosidades estranhas que tinham uma placa com letras neon vermelhas em inglês que eu tive dificuldade em ler.
— O que isso quer dizer? — perguntei a Annabeth.
— Não sei. — ela me respondeu, é verdade, ela adora ler muito, mas eu tinha esquecido que ela era disléxica também.
Grover estava tentando nos avisar que tinha um mal pressentimento sobre aquele lugar, mas estávamos com fome.
Aproximando-nos do local vimos estátuas do lado de fora sombrias.
Ouvimos um barulho nos fazendo virar vendo uma das fúrias aparecer.
Peguei minha espada pronto para atacar mas ouvi passos atrás de mim e percebi como o Fury abaixou a cabeça evitando olhar e Annabeth e Grover fizeram o mesmo.
Levei alguns segundos para fazer isso, mas Asteria continuou olhando, então cobri seus olhos com a mão.
— Não gosto de valentões... — ouvi uma voz de mulher, mas como não estava olhando não sabia como era. — Considero-os seres nojentos.
— Por que não chega mais perto? — pergunto olhando a fúria e a mulher me responde.
— Porque ele sabe o que o espera caso se torne um semideus. — ela responde e eu fico surpreso. — Algumas crianças reivindicadas recentemente, vocês pensaram que iam ser um segredo por muito tempo, é um prazer para conhecer vocês, filhos de Poseidon... Eu sou Medusa.
Asteria tira minha mão da cara dela me colocando em alerta.
— Entrem crianças, tem comida e com certeza vocês estão com fome. — ela nos diz.
— Não, obrigada. — Annabeth responde.
— Bem, façam o que quiser, vocês podem ficar aqui assim sendo que com certeza quer te quebrar em pedaços, estou te oferecendo algo para comer e descansar. — a mulher responde, se afastando e entrando na casa com um comportamento muito elegante.
Asteria pega minha mão tentando nos fazer entrar e eu nego, mas vendo seus olhos de cachorrinho eu aceno e entramos.
— Não acho que ela seja tão ruim assim. — digo e Annabeth me olha espantada. — Minha mãe sempre nos contava histórias sobre ela.
Estávamos diante de uma mesa cheia de comida e Medusa aparece novamente.
— Isso é um aperitivo enquanto eu preparo algo melhor. — ela nos diz e minha irmã se separa de mim para se aproximar da Medusa.
Para surpresa de todos, ela abraça a mulher que até ela fica surpresa e dá um tapinha de leve na cabeça da minha irmã.
— Eu conheço sua história. — minha irmã conta a ela através de sinais. — Você é uma lutadora.
Eu apenas sorrio olhando para minha irmã que se aproximou de mim e ficou atrás da minha perna abraçando-a enquanto eu acariciava seus cabelos.
Medusa parecia ainda estar em choque, embora eu pudesse ver que ela sorria ternamente para minha irmã.
— Sentem-se, crianças, tenho certeza que vocês estão com fome. — ela diz embora tenha demorado um pouco e nos sentamos, e Asteria senta em cima das minhas pernas me fazendo rir e dar um beijo em sua bochecha.
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